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sábado, 25 de dezembro de 2021

Uma Conversa diferente





(...) A Inspiração está no ar. Mais precisamente a inspiração está na beleza do céu, no verde da natureza e no canto das aves. Sim, foi o canto do Robin que inspirou William Shakespeare quando escreveu Romeu e Julieta. Foi o canto do sabiá que inspirou Gonçalves Dias, nostálgico de sua terra natal, e um mundo de poetas, compositores e escritores brasileiros. De Villa-Lobos, Tom Jobim, Caetano Veloso a Jorge Amado e Luiz Gonzaga. 

O Trinar das aves tem o dom de inspirar crianças e adultos. Tem a magia de encantar corações, de elevar a alma e de abrir as mentes para a poesia e para o amor. O exercício da tolerância começa no quintal de nossas casas, nos parques de nossas cidades e nas matas de nossa terra.

Onde tem aves, tem qualidade de vida. Onde tem aves, tem negócios valorizados. Elas tem a força para conduzir investimentos num condomínio bem planejado ou de conseguir votos para administradores bem intencionados. Como? Muito simples. Uma cidade com parques, jardins, bela arborização e muitas flores consegue atrair sabiás, canarinhos, bigodinhos, periquitos, beija-flores, um sem número de pássaros...e votos.

As aves são como crianças na sua pureza de vida buscam apenas o alimento, o saciar da sede e o voar com liberdade. Como as crianças, elas precisam de benfeitores, de amigos e de protetores. 

Amigo da vida é aquele que ama a natureza, que cuida das aves do lugar onde mora, dando-lhes alimento e abrigo. (...)

 (...) Sinto-me gratificado e com o dever cumprido se conseguir passar essas mensagens a você, à sua família e à sua comunidade.

A vida vale pelo que se constrói de proteção à natureza e pelo que se planta pela paz.

Vamos juntos, amigos leitores, fazer a vida valer! (...)

 

Trecho extraído do livro: 

“Aves Brasileiras e Plantas que as atraem”

Johan Dalgas Frisch


 


(...) O xamã esquimó Najagneq contou ao antropólogo Rasmussen que existe um Eu supremo que é “o habitante ou alma (inua) do universo. Tudo que sabemos é que tem uma voz gentil como a de uma mulher, uma voz ‘tão doce e delicada a ponto de nem mesmo as crianças sentirem medo’. O que ele diz é: ‘Sila ersinarsinivdluge’, ‘Não tenha medo do universo’”.

Não é de admirar que o símbolo clássico do xamã seja um pássaro – para voar além dos confins da mortalidade terrestre e do terror da morte, ascendendo aos céus da Totalidade.

Na grande caverna paleolítica de Lascaux, no sul da França, existe a figura de um xamã vestido de pássaro, prostrado em transe e com um pássaro pousado em seu cajado ao lado dele. Os xamãs da Sibéria usam fantasias de pássaros até hoje, e acredita-se que muitas tenham sido concebidas por suas mães a partir da linhagem de um pássaro. Na Índia, um título honorífico dado ao mestre iogue é Paramahamsa: soberano ou supremo (parama) ganso selvagem (hamsa).

Na China, os chamados “homens da montanha” ou “imortais” (hsien) são representados com plumas, como pássaros, ou flutuando pelos ares sobre animais alados. A Lenda alemã de Lohengrin, o cavaleiro do cisne e as narrativas, de onde quer que o xamanismo tenha florescido, sobre a donzela do cisne são igualmente evidências da força da imagem do pássaro como sinal adequado do poder espiritual. E também não devemos nos lembrar sobre a pomba que desceu sobre Maria e do cisne que gerou Helena de Tróia ? Em muitos locais, a alma tem sido representada por um pássaro e, comumente, pássaros são mensageiros espirituais. Os anjos, nada mais são que pássaros modificados”. “Mas” Campbell nos lembra, “o pássaro do xamã apresenta caráter e poder particulares, dotando-o de uma habilidade de voar em transe além dos limites da vida e depois retornar.” (...)  

Trecho extraído do livro: 

“Éden queda ou Ascensão? Uma visão transpessoal da evolução humana.”

Ken Wilber

 



Para os textos acima, o silêncio e a reflexão serão os melhores proveitos. Apenas compartilhando um pouco mais destes momentos de conversa pelos jardins. 

 

Existe uma conversa sem palavras, uma conversa muito mais de sinais, uma leitura de acontecimentos a que somos acometidos, todo o tempo. Para maior clareza, basta apenas um consentimento interno para que possamos perceber mais seriamente, sobre esta diferente conversa. A Natureza de tudo, se desenvolve e recria a todo o tempo. Basta então um reconhecimento de que somos desta mesma natureza, de que estamos igualmente imersos neste universo em movimento e em constante desenvolvimento, criando e recriando seja como for. 

Para tal, de alguma maneira, estes sinais fazem o papel semelhante a conselheiros ou indicadores. São mobilizados simplesmente por uma maestria absoluta e viva, regida pela própria dinâmica, que acontece incondicionalmente a toda a vida, a todos os Seres. A nós humanos, dotados da razão, podemos fazer estas leituras e muitas vezes, elucidar, algo que se tornou obscuro, em detrimento, desta mesma razão. É devolver à razão, a sua essência intrínseca, a sua capacidade de ler com o coração. Devolver-lhe a alma e a percepção de que material e imaterial não são dualidades. É, talvez, dar “assas” à razão.

Histórias acontecem, em uma ordem não linear, portanto, impossível de ser contada. Os fatos se unem e compõem uma história que costumamos chamar de “sem pé e sem cabeça”. Na verdade, são essas histórias que trazem significados importantíssimos, não só para quem as vive, mas para todos e por isso, importantes de serem compartilhadas.

Tudo isto para contar que por inúmeras vezes os pássaros adentram nossas vidas. Já perceberam? Quanto mais vamos dando significado a isto, mais e mais, eles interagem conosco. Foram inúmeros episódios nos últimos meses, onde estes seres vieram trazer alguns sinais. O encontro com estes textos, fizeram parte deste período. Dentre estes episódios, um pássaro certa manhã pousou há uns 4 metros de mim. Estava no quarto e na cama ainda e ele me olhou fixamente por alguns segundos e saiu por uma brecha. A sensação que tive foi de que veio dar-me um alô, veio dizer sobre tudo isto, veio dizer para levar esta razão em tudo e perceber deste lugar, de que somos experiências, multidimensionais, que existe um lugar sem lugar que nos é concedido experimentar para todo e o sempre. Embora tenhamos aprendido muito mais sobre os fardos desta vida, que devemos vive-la com maior leveza e certos da amplitude de nossa existência, sem fim. Assim perceber o quão eternos são os pensamentos criados, as palavras proferidas e assim nossas ações, que reconhecendo sobre o valor que há em cada imperceptível detalhe, a partir deste mesmo valor sagrado, agir no mundo, buscando inspirar e elevar a tudo, através de cada ato.

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